EXPOSIÇÃO AGROCULTURA DE DANIEL MACHADO


ARTES VISUAIS EXPOSIÇÕES EM JOINVILLE 

Olá amigos da Cultura Joinvilense, para iniciar esse blog que vai exclusivamente falar sobre as exposições que estão em exibição nas galerias e museus da nossa querida cidade das flores, e também entrevistar seus artistas e pessoas relacionadas as artes, vamos conhecer um pouco sobre a exposição "AGROCULTURA"  do fotógrafo Daniel Machado, e com a  Curadoria de Alena Rizi Marmo Jahn ,que está no MAJ Museu de Artes de Joinville.
A Exposição do Joinvilense teve abertura dia 02 de Dezembro e ocupará as salas do Maj até o dia 30 de Abril de 2018, o horário para visitação é de terça a domingo das 10h as 16h , com classificação livre.

Daniel Machado é um fotógrafo muito conhecido em Joinville, e mesmo com sua agenda e seus compromissos conversou com nosso blog para falar um pouco sobre sua carreira e sobre a exposição "AGROCULTURA", vamos então ao nosso bate-papo com nosso primeiro artista convidado do BLOG ARTES VISUAIS EXPOSIÇÕES EM JOINVILLE.

Fotógrafo Daniel Machado

Formação: Graduado em Design pela Univille, especialista em Fotografia pela Universidade Positivo de Curitiba e mestrando em Patrimônio Cultural e Sociedade pela Univille.

Primeira Exposição: Joinville de Serra e Mar

Trabalho que considera divisor de águas no seu trabalho: De à Cavalo – 400km pela Coxilha Rica

Como foi parar neste mercado tão concorrido e cheio de talentos? Descobri durante a graduação minha inclinação à fotografia. Enquanto cursava a disciplina de Fotografia, em 2007, fui convidado pelo professor João Sobral (que percebeu minha afinidade com sua disciplina) à estagiar no laboratório de fotografia. No mesmo instante, renunciei ao cargo profissional que exercia para me dedicar ao máximo à oportunidade. O estágio no laboratório foi extremamente proveitoso, e permaneci nele por volta de três meses, isto porque, logo surgiu uma nova oportunidade de estágio, agora num grande estúdio de fotografia de Joinville. Outra oportunidade que aceitei prontamente, afinal, os conhecimentos adquiridos sobre a fotografia só vinham aumentando minha paixão pela área. O estágio no estúdio se transformou em um vínculo empregatício de quatro anos, nos quais aperfeiçoei minha fotografia e o conhecimento acerca do mercado fotográfico. Porém, como minha paixão pelos estudos sempre foi grande, não me contive em exercer a profissão de fotógrafo apenas com o que havia aprendido na faculdade e no dia a dia da profissão. Por isso, em 2011 iniciei a Especialização em Fotografia e Imagem em Movimento na Universidade Positivo, de Curitiba. A especialização ampliou imensamente meus horizontes a respeito do universo da fotografia, inserindo em minha carga de conhecimento estudos de alguns pensadores da fotografia, como Vilém Flusser, Simonetta Persichetti, Boris Kossoy, Walter Benjamin, Edward Steichen, Pierre Bourdieu, entre outros. Os estudos dirigidos por estes pensadores me fizeram compreender o grande papel social e histórico que a fotografia possui. Porém, ainda havia em mim uma grande motivação comercial sobre a fotografia, e durante o período da especialização, mantive meu foco nos estudos acerca da fotografia publicitária, área que me motivara em 2011 a sair do estúdio onde trabalhava desde 2007, e iniciar minha atividades profissionais autônomas.

Como descreve o seu estilo fotográfico? É complicado rotular um estilo fotográfico. Ele é a junção da vivencia e da experiência em diversas áreas da fotografia. Ele é também resultado dos livros que leio, dos filmes que assisto e da cultura que me rodeia.

Quais as maiores dificuldades para um fotógrafo em início de carreira? Por experiência própria e por relatos de alunos, percebo que uma das maiores dificuldades no início da carreira do fotografo é o posicionamento no mercado. No início sempre há muitas dúvidas sobre como entrar no mercado, quanto cobrar e para alguns, há inclusive a dúvida sobre em qual ou quais áreas atuar. Também existe no início de carreira a insegurança sobre a autoria do estilo fotográfico, é bastante comum ver fotógrafos que por medo de não agradar o mercado com seu estilo próprio ou até mesmo que por ainda não terem um estilo definido, buscam imitar o estilo de outro fotografo.

Conte-nos um pouco dos seus objetivos na área fotográfica para o futuro. Pretendo me dedicar cada vez mais à documentação cultural através da fotografia. Também estou trazendo essa linguagem documental para a fotografia familiar, em um projeto que lançarei em breve, possibilitando às famílias terem um registro autêntico de seu cotidiano e da essência familiar.

Qual a importância em fazer um bom curso de fotografia? É comum ver quem inicia na fotografia se preocupar imensamente com o “preciso aprender a mexer na câmera”. Isso é importante, mas é apenas uma minúscula fatia de todo o conhecimento necessário para se tornar um bom fotografo. É importante realizar um bom curso de fotografia que ofereça conhecimento técnico aprofundado e principalmente conhecimento teórico e conceitual, afinal é a conceitualização que irá caracterizar a linguagem do fotografo e o diferenciará dos demais.

Em sua opinião, de que forma um fotógrafo iniciante deve divulgar seu trabalho para captar novos clientes? Hoje em dia as redes sociais auxiliam bastante na divulgação de trabalhos fotográficos, mas elas não devem ser o único veículo de comunicação utilizado. Para cada área da fotografia existes meios de divulgação específicos, por exemplo, na fotografia de casamento existem as feiras de noivas onde o fotógrafo pode apresentar seus portfolios, já na fotografia publicitária é importante visitar agências para apresentar o trabalho pessoalmente.

Quais áreas da fotografia você considera mais promissoras atualmente? Não acredito que exista uma área mais promissora que a outra. Acredito que a área pela qual o fotógrafo tiver maior afinidade será a área mais promissora para ele.

Agora, falando um pouco do seu trabalho “Agrocultura” , de onde veio a ideia para o projeto? Durante a realização do projeto Joinville de Serra e Mar em 2015, percebi que havia uma grande cultura agrícola familiar em Joinville que era pouco valorizada pela nossa sociedade em geral, muito provavelmente pelo fato de Joinville ter assumido o rótulo de cidade industrial, o rural tenha sido deixado de lado. Esta foi a motivação, mostrar que a cultura de nossa cidade é muito mais ampla e se expande muito além da região urbana.

Com sua experiência, que conselho daria para quem pensa entrar nesta carreira? Como já falamos, é preciso se aprofundar na técnica fotográfica e ainda mais e sempre na conceitualização. Não hesite em praticar, em experimentar, em testar novas técnicas, mas lembre-se que o momento de praticar não é diante de seu cliente, para a prática existem os amigos, irmãos, cachorro, vaso da sala, etc. É importante também lembrar-se sempre do profissionalismo, tanto diante do cliente quanto diante de outros fotógrafos, é muitos melhor vê-los como colegas de profissão do que como concorrentes. Concorrentes estão sempre tentando derrubar um ao outro, e nessa competição muitas vezes ambos saem perdendo, colegas de profissão buscam se auxiliar e com isso fortalecem o mercado.

Parabéns pela iniciativa e sucesso ao Blog!

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O BLOG ARTES VISUAIS EXPOSIÇÕES EM JOINVILLE agradece ao fotógrafo Daniel Machado pela sua gentil participação, Parabéns pelo excelente trabalho, imagens muito bem escolhidas, é notável o talento do artista que com olhar delicado consegue retratar a árdua e admirável batalha diária das famílias que trabalham com a "agrocultura", a exposição está super bem iluminada e no espaço do Maj ficou Magnífico, que venham outras exposições para enriquecer a Cultura Joinvilense ! Este blog recomenda a visita ao Museu de Arte de Joinville que fica na Rua XV de Novembro, 1400, América, Joinville-SC.