ENTREVISTA COM A ARTISTA ANA FALEIRO
ARTES VISUAIS EXPOSIÇÕES EM JOINVILLE
Quem é Ana Faleiro?
Uma pessoa apaixonada
pela vida, acumuladora de inúmeras experiências. Entusiasta da liberdade.
Como a Arte entrou em
sua vida?
Num momento difícil
em que estava tentando me reencontrar após um divórcio tortuoso. Um amigo me
inscreveu no vestibular para Educação Artística na FURB. Ele dizia que a arte
era um caminho que combinava comigo, acertou.
Qual é a sua formação
artística?
Que artistas
influenciam seu pensamento?
Van Gogh sem dúvida é
minha maior inspiração, me sinto como ele, sempre em busca de novas
inspirações. O colorido e a turbulência de seus quadros lembram as minhas
trajetórias na vida. Na contemporaneidade gosto muito dos artistas joinvilenses
como Regina Marcis, Márcia Camargo e Sandro Luzz, artistas que vivem para a arte e fazem dela
seu único caminho.
Quem são seus
artistas favoritos explique porquê?
Sandro Luzz é meu
querido hiperrealista do momento, autodidata e com uma sensibilidade
surpreendente. Juarez Machado , Regina
Marcis e Márcia Camargo são minhas referências na arte nas linguagens mais contemporâneas. Os três
artistas fazem minha Joinville mais
cultural. Na história: Van Gogh meu
gênio indomável... Matisse, carrego comigo em uma tatuagem, por sua explosão de
cores e sua vida dedicada, até quando
mal podia pintar, devido seus sérios problemas de saúde. Claudio
Tozzi, Marcio Prodocimo, Betto Damasceno são artistas brasileiros que
eu amo admiro com todas as forças.
Onde você encontra
inspiração para o seu trabalho?
Meu mundo é infantil.
Meu trabalho começa com meus alunos, com o olhar inocente e curioso. Pesquiso com eles, busco
com meus alunos os novos e clássicos artistas e novos caminhos da arte e reflito o
mundo através da arte e sempre em conjunto.
Como você descreve o
seu trabalho?
Infantil, colorido,
alegre, divertido, mas imbuído de muita reflexão, busco a liberdade. Tem o meu
lado adulto também, quase melancólico.
Como é seu processo
criativo?
Normalmente escolho
um tema, que me toma um certo tempo, em reflexões. E partindo deste tema,
desenho, escrevo, moldo no barro ou recorto a exaustão. Até que nas
experiências se tornam obras e me sinto completa, aí, passo para outra reflexão...
Em que momento se
sentiu reconhecida como artista?
Ainda estou em
processo. Me sinto artista, mas não tenho certeza se o mundo me vê desta forma.
É possível viver só
de arte no Brasil?
Se o artista for
alguém abnegado ele vive sim. Tem que ter muito espírito livre, é um
empreendedor. A luta é grande.
Escultura para rainha das Águas
Como você vê o futuro
das artes?
Com muitas mudanças,
como tudo no nosso planeta, porém sempre com muito respeito as referências
clássicas.
O que você estuda?
Como você se atualiza?
Leio muito, pesquiso
o tempo todo. Procuro discutir com os amigos e não aceito apenas uma fonte.
Minha casa é uma biblioteca, muitas imagens, textos, diversos livros sobre todos
os temas imagináveis, muitos quadros e reproduções.
Qual sua opinião
sobre os salões de arte?
Os salões de Arte são
muito necessários em todos os cantos... Nos bairros, nas escolas... O mundo é
um museu... Precisamos abrir as cortinas para as novas formas de arte e
principalmente para novos artistas e
desde tenra idade. Tem lugar pra todos!
Qual sua opinião
sobre as galerias virtuais?
Não vejo o planeta
retroceder em relação à internet. O mundo é virtual. Aprendo muito com as pesquisas em galerias
virtuais, até mais , do que em toda a minha vida acadêmica.
Como você aproveita o
seu tempo livre?
Encontros com
artistas, exposições locais e virtuais, Viagens culturais. Sou aquela que leva
o material de desenho pra todo lugar. Não é difícil me encontrar tomando um
café no shopping e desenhando.
Qual foi a sua
exposição mais importante?
Revoadas de Outono no
15º Semana de Museus, no Museu de Arte de Joinville. Uma coletiva com as mais
conceituadas ceramistas joinvilenses. Me
senti muito honrada pelo convite da artista Kátia Baeta.
Onde as pessoas podem
adquirir suas obras?
Faço capas de
cadernos e muitos quadros em diversas técnicas. Se for do interesse conhecer
meu trabalho e adquiri-lo, sugiro me procurar no facebook Ana Lú Faleiro ou no Instagran @analufaleiro.
Quais foram os seus
principais desafios para se estabelecer como artista?
Os desafios começam
enquanto ser humano. Embora já tenha participado de inúmeras experiências
artísticas, minha decisão em me assumir
como artista ainda está e terá um longo processo.
Participa de alguma
Associação Artística?
Participo de um Coletivo Artístico com o artista hiperrealista Sandro Luzz o “Grupo Apenas Um” e sou
associada a AAPLAJ.
Já participou da
Coletiva de Artistas de Joinville?
Estou participando da
exposição “Só para Maiores de 18, Favor não insistir!” na AAPLAJ até 07 de maio, com as obras”
Abapuru 4G”, “Proteção da solidão ou do Amor”
e “Um colar para Tarsila”.
Conte para nós um
pouco da sua rotina no seu ateliê?
Como trabalho diuturnamente em escolas, só consigo me dedicar as minhas obras no final de semana e
feriados. Normalmente já com o tema bem explorado, passo o dia desenhando ou
modelando em argila, em qualquer local,
apesar de ter minha salinha em casa. Também adoro escrever pequenos textos e
apresentar em monólogos.
Como você vê as
tecnologias digitais?
Utilizo no meu trabalho fotografias , vídeos ,
textos, aplicativos, que se tornam fontes para meus quadros, performances e esculturas.
Abapuru 4G
O que é necessário
para um artista ser representado por uma galeria?
Sinceramente,
conhecimento e dedicação. Existem inúmeras formas de se envolver neste meio,
basta procurar as informações.
Na arte, o que é mais
importante para criar uma grande obra - a técnica ou o amor?
Dedicação se torna
amor... Técnica é dedicação. Portanto, ambos.
Alguns artistas
curtem ouvir músicas durante o processo criativo, com você funciona da mesma
forma? E na sua playlist o que não pode faltar?
Led Zeppelin, Mozart,
A-ha… Resumindo, sou eclética. Depende do meu humor, do meu estado de
espírito, às vezes o silêncio também conversa comigo.
Como você definiria a
palavra talento?
Como funciona a sua
cabeça, no momento de começar uma obra? Existe uma sequência racional ou seu
processo é totalmente intuitivo?
O tema surge em
conversas e trocas, posteriormente a muitas pesquisas, vem o lado intuitivo.
Qual o seu próximo
projeto? Para quando podemos esperar um novo trabalho seu?
Pretendo fazer uma
exposição individual até meados do ano.
O que te inspira no
dia a dia?
Meus alunos, o futuro
deles e do meu país.
Que mensagem você
deixaria para os jovens que sonham em ingressar nas artes?
Ingressem, não pensem
tanto... Não criem um peso nesta decisão. O tempo urge!!!
A artista por Sandro Luzz
O que não foi
perguntado e que você gostaria de dizer?
Minha mãe
costurava, não se viu, em sua vida, a
grande artista que era.. Mas realizou muitos sonhos de inúmeras pessoas. Ela
era minha artista preferida... Transformava os tecidos em alegria. Nunca
consegui costurar na sua máquina, nem mesmo quando ela nos deixou... Muito respeito
pelo instrumento que foi responsável pelo meu sustento e crescimento.
Linguagens em que atuo - Teatro, dança,
performance, pintura em tela, cerâmica, gravura, escrita, vídeo
arte e tudo o que vier a povoar meu mundinho interno.
Deixe uma mensagem
final ao nosso blog.
“Somos coletores do
mel da mente. Nosso tesouro está na colmeia do conhecimento.” Busque sempre o
saber, esse é o teu único tesouro e é sempre doce...
Currículo: Em processo
Exposições
Individuais
Em breve...
Num futuro não muito
distante.
Exposições
coletivas
15ª Semana de Museus – Exposição Coletiva
Revoadas de Outono, maio, 2017. MAJ - CERÂMICA.
Sarau Babitonga Ativa – Casa 97 Joinville,
2017 – MONÓLOGO.
PALCO DAS ARTES – SESC 2017, JOINVILLE. –
CERÂMICA.
Exposição COLETIVA ALÉM DO OLHAR –Julho, 2005.
FURB. AQUARELA
O blog ARTES VISUAIS EXPOSIÇÕES EM JOINVILLE tem o objetivo de divulgar e apoiar as exposições de artes que estão em exibição em Joinville e também entrevistar os artistas, revelando os talentos que temos aqui na cidade dos príncipes, registrando este belo momento que vivemos no cenário artístico Joinvilense.