terça-feira, 31 de maio de 2022

Espaço Cultural Ritzmann abre a exposição "Eu não moro mais em mim" de SoniaRosa



A artista visual SoniaRosa estreia a exposição "Eu não moro mais em mim", no Espaço Cultural Ritzmann, no próximo sábado dia 04/06 às 10h.

A exposição caminha pela estrada das lembranças da infância. Faz um contraponto com os contornos, expressões e vestígios dos tempos deb rincar. 

Remete ao brinquedo, com ênfase na boneca, a qual, nas mãos decorpos brincantes, ganhava voz e vida.



Da percepção da necessidade de ser resgatar a brincadeira real e palpável no mundo atual, a artista SoniaRosa faz um recorte em sua obra construída com o propósito de transcender o plano pictórico da tela, integrando-se efusivamente ao contexto social, impactando o observador.

Nesta exposição, as bonecas deixam, por um instante, as prateleiras do acervo particular para novamente cumprir seu mister existencial. 

São agora objetos da história material que, num determinado momento, chegaram como presentes e permaneceram até que a luz da meninice chegasse ao mundo da juventude e vida adulta. Na morada da pequena idade e da criatividade, os primeiros passos da lealdade e do amor incondicional tocaram o chão da personalidade. Como instrumento desses ensaios, as bonecas viraram personagens fiéis cumpridoras do papel de companheiras, aprendizes e guardiãs dos segredos da criança.

Conclui Gaston Bachelard: “Em nós, ainda em nós, sempre em nós, a infância é um estado de alma”. Esta que foi construída brincando e ensaiando para ser gente grande.

A exposição tem como objetivo acender a lamparina do tempo, jogando luz sobre o Eu, revisitar as memórias guardadas nas prateleiras da infância e nos armários da alma, resgatando seu papel nos cosmos em um mundo digital, pois não mora mais em nós.

"Eu não moro mais em mim" pode ser visitada gratuitamente até dia 05 de julho de segunda a sexta-feira das 14 às 17 h, para agendar outros dias e horários entre em contato com o Espaço Cultural Ritzmann pelo telefone/Whatsapp 47 9 97415638.


Espaço Cultural Ritzmann 

Serviço : 


Exposição "Eu não moro mais em mim" da artista visual SoniaRosa

Abertura dia 04 de junho às 10h, no Espaço Cultural Ritzmann, Rua Anita Garibaldi 1787, bairro Anita Garibaldi.

Visitação gratuita.



segunda-feira, 30 de maio de 2022

Juarez Machado -Volta ao Mundo em 80 anos no Museu Oscar Niemeyer


"Diretas Já" – Óleo sobre tela (70x95) – 1984

A exposição comemorativa “Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos”, que será inaugurada no Museu Oscar Niemeyer no dia 2 de junho, apresenta a obra de um dos mais representativos e importantes artistas brasileiros. 


O multiartista catarinense Juarez Machado tem sua história ligada a Curitiba, para onde se mudou no início dos anos 1960 para estudar na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Ele completou 80 anos em 2021.


A exposição reúne 166 obras em diversos suportes: pintura, desenhos, fotos, escultura e instalação. A coletânea abrange desde o início da carreira do pintor na capital paranaense até sua fase internacional com a mudança para Paris, em 1986 — passando pelos períodos no Rio de Janeiro, onde se destacou também como ilustrador, cenógrafo para televisão e teatro, figurinista, escultor e cartunista, entre outros ofícios criativos. A curadoria é de Edson Busch Machado. 


“Lúdica e poética como tudo o que Juarez Machado produz, a mostra percorre com interatividade diferentes décadas, estilos, localidades, materiais, técnicas, mídias e vertentes artísticas”, afirma a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer (MON), Juliana Vosnika. “Artista com obra no acervo, ele escreve agora o seu nome definitivamente na história do MON, num importante momento em que completa 20 anos e se consolida entre os principais museus da América Latina”, comenta.


Curitiba

A exposição inclui trabalhos que remetem ao início da carreira de Juarez Machado em Curitiba. “Seu despertar como artista teve início em Joinville. Mas foi em Curitiba que ele fundamentou esse trabalho antes de seguir pelo mundo”, diz Busch, que é também irmão do artista. 


A mostra conta, por exemplo, com desenhos feitos com graxa para sapato na Rua XV de Novembro, no início dos anos 1960, quando Juarez nem sequer tinha recursos para comprar tintas. “O público de Curitiba irá se identificar com o Juarez que viveu em Curitiba de 1961 a 1964, quando também fez grandes amizades com nomes como Fernando Velloso, João Osorio Brzezinski, Fernando Calderari e Domício Pedroso”, lembra o curador. 


Ateliês


O nome da exposição — uma referência ao clássico de Júlio Verne “A Volta ao Mundo em 80 Dias” — traduz, em parte, o movimento constante de Juarez Machado, que nasceu em Joinville (SC), em 1941, e hoje se divide entre seus ateliês nas capitais fluminense e francesa depois de correr o mundo. 


"Lembranças do Piano de Tom Jobim" – Óleo sobre tela (73x100) – Paris, 1994

A mostra inclui obras produzidas em diferentes locais — sobretudo em ateliês em Paris, mas também em locais temporários para o artista, como Veneza e Saint Paul de Vence, na França. “Cada ateliê é representado com cores, códigos e uma linha pictórica diferente, que a exposição reúne muito didaticamente”, explica Busch. 


 


Influência


A obra de Juarez Machado tornou-se patrimônio mundial, colecionando prêmios de arte nacionais e internacionais. Suas criações, ricas em ousadia, complexidade e humor, influenciaram gerações de artistas no Brasil e no exterior. 


 


Entre os artistas influenciados por Juarez Machado está o diretor francês de cinema Jean-Pierre Jeunet, que se inspirou no inconfundível universo de cores do pintor para criar o visual do famoso filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001). O diretor conheceu o artista no início dos anos 2000, comprou quadros e estudou seu estilo. 


"Verão em Deauville" – Óleo sobre tela (40x100) – Paris, 1999

“É possível relacionar a temática, as paletas de cores e diversas nuances do filme com todas as pinturas da exposição, pois Jeunet se inspirou diretamente nas obras do artista”, explica Busch. “O público conseguirá identificar cores como o verde veronese e o vermelho terral que são vistos em ‘Amélie’”, explica Busch.


Mímica


No Brasil, o artista multimídia também deixou sua marca em referências da cultura popular como o semanário impresso “O Pasquim” e a TV Globo, onde criou quadros humorísticos e musicais, além de assinar a criação de cenários e figurinos. Muitos ainda se lembram dos vídeos de mímica que Juarez Machado criou e estrelou para o programa “Fantástico” nos anos 1970. 


A exposição fará referência a este famoso personagem nacional com a exibição de alguns desses vídeos em dois monitores. “É realmente uma figura significativa para muita gente que começou a conhecer Juarez a partir deste quadro do ‘Fantástico’”, lembra o curador. 


Ilustração

Também tiveram a assinatura de Juarez Machado capas de livros e discos e projetos de design e arquitetura ao lado de nomes como Sergio Rodrigues e o próprio Oscar Niemeyer. 


Algumas das mais de 200 capas de discos e livros criadas pelo artista poderão ser vistas na vitrine de artes gráficas da mostra, que ajudará a compor a retrospectiva da vida e obra de Juarez, juntamente com um painel de fotografias e informações biográficas. 

Escultura


Entre os destaques da exposição estão dezenas de esculturas, suporte com o qual Juarez Machado se destacou logo no início da carreira. Há obras em bronze, metal e gesso, além da conhecida instalação criada com estátuas de Branca de Neve e os Sete Anões. 


Sem título – Escultura em bronze (35,2 x 26,6 x 12,8) – 2000

Também estará presente a famosa bicicleta com rodas quadradas que inspirou o logotipo do Instituto Juarez Machado. 


Instituto

Mais recente empreendimento de Juarez Machado em Joinville, o instituto que leva seu nome foi fundado pelo artista em 2014, com a ideia de estimular a arte na cidade catarinense. A instituição, sediada em uma antiga casa da família construída em meados da década de 1930, desenvolve pesquisas, resgate e promoção de obras de Juarez e de outros artistas locais. 


O instituto vem desenvolvendo mostras paralelas a partir da aprofundada pesquisa sobre a trajetória de Juarez Machado para a exposição que será aberta agora no Museu Oscar Niemeyer. 


Bicicleta

Segundo o curador da exposição, Edson Busch Machado, a ideia é que o público percorra a mostra como se estivesse fazendo um passeio de bicicleta — um dos ícones do universo pictórico de Juarez. Esse é o tema da projeção de vídeo que encerra a exposição.


“Juarez mescla a bicicleta, um elemento da infância em sua cidade natal, com a descoberta da figura humana, seja no estudo da anatomia na Belas Artes ou das belas mulheres que ele tão bem retrata em suas pinturas. E, a partir desses dois elementos, a curadoria parte para suas demais obras”, explica. “É uma viagem de bicicleta que percorre esses 80 anos e relembra todos esses elementos — os ateliês, as paisagens, as mulheres”, explica Busch. 


Educativo


Ao longo do período expositivo, estão previstas seis oficinas para escolas públicas de Curitiba. Também haverá duas visitas mediadas, realizadas pelo curador da exposição para o público visitante, com tradução em libras, conforme o cronograma a seguir: 


– Oficinas com público espontâneo: dias 8 e 22 junho, das 15h às 17h


– Oficinas com público agendado: dias 6 e 20 de julho: das 15h às 17h


– Oficinas com escola pública: dias 10 e 24 de agosto, das 15h às 17h


– Visitas mediadas ao público espontâneo com o curador, Edson Busch Machado: dia 24 de agosto, às 11h e às 15h


Catálogo


No dia 23 de agosto, às 19h, será lançado ao público o catálogo da exposição contendo texto curatorial, linha do tempo do artista e imagens de obras. O lançamento será marcado por uma mesa redonda no miniauditório do MON com a participação do curador da exposição, Edson Busch Machado, e do crítico de arte Fernando Bini.

 

A exposição “Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos” foi concebida pelo Instituto Juarez Machado e fica em cartaz até 18 de setembro. A mostra é uma realização da Secretaria Especial da Cultura (Ministério do Turismo) e do MON e tem patrocínio da Vonder.


Sobre o MON


O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.


Serviço


Exposição “Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos”


De 2 de junho a 18 de setembro de 2022


Sala 3


Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400. De terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h). R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Toda quarta-feira, entrada gratuita.


www.museuoscarniemeyer.org.br

terça-feira, 24 de maio de 2022

Em cartaz lançamentos de livros e novas exposições no Instituto Internacional Juarez Machado

 


Considerado um dos mais dinâmicos centros culturais no Estado de Santa Catarina, o Instituto Internacional Juarez Machado vem mantendo o ritmo com intensa programação neste mês de maio.

Três novas exposições entram simultaneamente em cartaz no sábado dia 28 “ Gravuras e Esculturas -70 Anos de Pintura”, do italiano Inos Corradin;  “A Presença da Matéria”  do pintor catarinense Leandro Serpa; “Senhora Z” do arquiteto e artista visual catarinense Rico Mendonça. E dois lançamentos de livros das 10 às 13 horas complementam a programação: “CoraçõesAlados, do poeta, escritor, pintor e gestor cultural paranaense Luiz Arthur Montes Ribeiro e “ Enquanto Não Esqueço-Memórias de um Repórter Sonhador”, do jornalista  catarinense Rogério Martorano.

A intensa e diversificada programação é um dos propósitos da instituição, afirma o diretor do Instituto e curador dos eventos, Edson Machado. “Queremos que o público visitante interaja com as múltiplas linguagens artísticas, das artes visuais à literatura, da clássica à contemporânea, seja nas exposições ou cursos, palestras, lançamentos de livros, apresentações de música, teatro e dança. Essa é a nossa missão na sociedade” analisa Machado.

As exposições

Nascido em 1929 em Vogogna na Itália, Inos Corradin é um dos mais conceituados artistas internacionais radicado atualmente em São Paulo. Realizou mais de 450 exposições na

 Itália, Alemanha, Suíça, Holanda, Israel, Canadá, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, e diversas cidades brasileiras. Pratica uma arte jocosa e humorada, estilizada e com fortes recursos cromáticos. A exposição em Joinville celebra sete décadas de intensa produção, e reúne 30 obras sob a curadoria do pesquisador paulista Armando Landi Ramos.



A outra exposição – A Presença da Matéria – reúne pinturas em grandes dimensões do jovem artista visual, escritor e professor tijucano Leandro Serpa. “ Essa série, pela primeira vez mostrada em conjunto, é o resultado de suas pesquisas e experiências com monotipia por meio de pigmentos naturais, proporcionando forte impacto pictórico de contemporaneidade e revelação”, explica o curador da exposição, Edson Machado.

Mostra 23 telas. Já as obras do arquiteto e artista de Florianópolis, Rico Mendonça, constituem-se de impressões em alta tecnologia dos desenhos repintados e transferidos para painéis em tecido onde revela a personificação da mulher no imaginário do artista, românticas, solitárias ou poderosas, as quais intitula “ Senhora Z”, abordando a lembrança da sua mãe, recentemente falecida.

A apresentação textual é do jornalista Anselmo Prada.



Os livros

“Corações Alados” é o mais recente livro do poeta, escritor e artista visual paranaense Luiz Arthur Montes Ribeiro. Editado pela AmoLer, de Blumenau, bilingue em português e espanhol, o livro contém poemas, escritos e frases de amor. Luiz Arthur é autor de dez livros desde 1980, membro efetivo do Centro de Letras do Paraná, diretor do instituto de cultura que leva o seu nome, além de possuir um blog sobre arte e gastronomia.

O livro de Rogério Martorano – “ Enquanto Não Esqueço – Memórias de um Repórter Sonhador”, relata um dos mais  significativos períodos da história recente do país , décadas de 1950 a 1970 , sob a ótica do jornalista. Catarinense de São Joaquim, Martorano viveu e trabalhou no Rio de Janeiro entrevistando nomes de ponta da cultura, das artes, da política, do empresariado que circulava à época na capital do país.

Conviveu com Assis Chateaubriand, Juscelino Kubitcheck, João Goulart, Fernanda Montenegro, Vinícius de Moraes, Tônia Carrero, Maysa, Tom Jobim, Charles Aznavour, entre tantos outros nomes com episódios relatados em seu livro.



Serviço

Abertura das exposições no sábado dia 28 de maio às 10 horas até 18 horas. Permanecem abertas à visitação pública até 30 de julho de terça-feira à sábado.

Lançamento dos livros no sábado dia 28 de maio das 10h até 13 horas. Entrada gratuita.

Instituto Internacional Juarez Machado, Rua Lages, 994,

Joinville, SC.

 

sábado, 21 de maio de 2022

Associação dos Artistas Plásticos de Joinville – AAPLAJ – apresenta nova coletiva intitulada “Fotogênese II”.

 


A AAPLAJ sempre estimula a produção artística de seus associados, tanto individual quanto

coletivamente. Antes das coletivas, são realizadas reuniões semanais nas quais cada artista

apresenta suas ideias, mostra seu processo criativo, reflete sobre o suporte, técnicas, etc. As

sugestões do grupo apoiam a evolução dos trabalhos de cada um. É assim que o coletivo se

apoia e cresce mutuamente.

 

Na história da AAPLAJ já existe um legado relacionado à fotografia. Foi a partir do advento da

fotografia que os artistas deixaram de retratar a realidade e passaram a fazer mais foco em

sensações e outras formas de ver o mundo.

 

Como a AAPLAJ vê o processo fotográfico com relevância, este passou a ser o tema desta

coletiva, sendo que a “Fotografia” foi apresentada tanto como obra final quanto como para

inspiração de trabalhos dos artistas, cada qual com sua linguagem peculiar. Cada artista teve a

liberdade de apresentar sua visão a partir do uso de técnicas, intervenções e aplicação da

fotografia em sua manifestação artística, usando suportes variados. A primeira edição de uma

coletiva homônima aconteceu em 2019. Venha conhecer por onde andaram as mentes

criativas dos artistas mais atuantes da cidade de Joinville.

 

Participam da coletiva os artistas:  Andressa Correa, Gabriel Bazt, Adriane König, Regina Marcis, Pablo Ramon, Silvana Pohl, Danuzia Monteiro, Werner Krüger, Patricia Langoski, Renata Lepage, Marcia Lepage, Solange Prata, Asta dos Reis, Roseli Sartori, Paula Poffo, Mirian Puerta, Vera Lucia Pereira, Marc Engler, Adilson Santos e Linda Poll

 

A exposição coletiva Fotogênese II terá abertura no dia 27 de maio, às 19h30min, ficando em

cartaz até o dia 24 de junho de 2022, na galeria de arte da AAPLAJ.

 

O QUE: Exposição Coletiva “Fotogênese II”, da Associação dos Artistas Plásticos de Joinville

ONDE: Galeria de Arte da AAPLAJ – Cidade Cultural Antártica. Rua XV de Novembro, 1383

CURADORIA: dos fotógrafos Gabriel Bazt e Andressa Corrêa

QUANDO: Abertura – 27 de maio, às 20:00 horas.

CONTATOS: E-mail aapla.sc@gmail.com

 

Gabriel Bazt – curador - (47) 99679-8859

Andressa Corrêa – curadora - (47) 98891-3288

Regina Marcis - presidente da AAPLAJ- (47)99901-3211

terça-feira, 17 de maio de 2022

Arte e Literatura em destaque no Instituto Internacional Juarez Machado

 


Non Sense - Artista Juarez Machado

Abertura de exposição de raríssimos desenhos criados por Juarez Machado nos anos 70 e coletiva de autógrafos com 20 escritores joinvilenses estão marcados para o sábado 21 de maio à partir das 10 horas no Instituto Internacional Juarez Machado.

A ação cultural inédita visa integrar as artes visuais com a literatura.

A exposição

Duas centenas de obras produzidas pelo artista catarinense e publicadas na grande imprensa brasileira na década de 1970 compõem a exposição “Non Sense”. São desenhos absurdos originais cedidos por um colecionador particular e estudioso da vida e obra do conhecido artista. Foram selecionados pelo curador Edson Machado os cartuns, charges, desenhos de humor e estudos para cenários de teatro e shows musicais que retratam a profícua trajetória do Juarez e sintetizam toda uma geração.

Publicados nas páginas das revistas O Cruzeiro, Manchete, Playboy, Fairplay, Fatos & Fotos, Ela e Ela, Realidade e Jornal do Brasil, Pasquim, Correio da Manhã, entre outros, os desenhos expostos são originais e trazem interferências das oficinas gráficas como anotações, datas, carimbos, números e manchas, segundo o curador “para manter e conhecer todo o DNA do processo criativo”.  Nessa época o artista residia no Rio de Janeiro, antes de radicar-se definitivamente em Paris, convivendo com a inteligência tupiniquim - Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Jaguar, entre outros, num dos períodos mais contundentes da história recente de nosso país, complementa o curador e proprietário das obras, Edson Machado.



Juarez Machado, conhecido como pintor, teve no desenho o seu ponto de partida, criticando com humor, criatividade, imaginação e sutileza o comportamento de uma sociedade conservadora. “No meu desenho não procuro a gargalhada, mas busco o sorriso”, filosofou o artista à época.

A exposição Non Sense permanece aberta à visitação do público até o dia 30 de novembro.

Os escritores

Nesse mesmo 21 de maio, das 10 às 18 horas nos espaços expositivos e jardins, 20 escritores e poetas farão sessões de autógrafos de variadas obras numa promoção inédita da Academia Joinvilense de Letras em conjunto com a Associação das Letras em parceria com o Instituto Juarez Machado com o título de 1ª Coletiva de Autógrafos.

Para a presidente da AJL, jornalista e escritora Maria Cristina Dias “a coletiva de autógrafos é uma oportunidade ímpar para as pessoas conferirem o que está sendo produzido em diversos gêneros da escrita local, conhecerem os autores, além de verem a exposição de arte num espaço privilegiado de cultura”.



Segundo a presidente da AL, escritora Simone Nascimento resume “ a arte do desenho e a arte da escrita se fundem e o clima desta união promete levar momentos de descontração ao público, aproximando-o das obras de Juarez e dos escritores”. Já o presidente do IIJM, curador Edson Machado conclui “ a parceria entre as artes visuais e a literatura visa ao conhecimento e à inovação, marcando o início do novo projeto da instituição, Ler para Conhecer”.

 

São esses os escritores e poetas que estarão autografando seus livros: Alessandro Machado, Ana Janete Pedri, Andrea Santos Borges, Asta dos Reis, Bernadete Schatz Costa, David Gonçalves, Donald Malschitzky, Dorval Schmitt, Elizabeth Fontes, Else Sant’Anna Brum, Hilton Görresen, Inês Pozzagnolo, Jura Arruda, Marcelo Lufiego, Maria Cristina Dias, Mário Cezar da Silveira, Sandra Regina Lodetti, Simone Nascimento, Silvana Beck Stival, Suelly Ravache.

No sábado dia 21 os visitantes da exposição e da Coletiva de Autógrafos terão acesso livre à todas as dependências expositivas do Instituto, sediado à Rua Lages, 994 em Joinville, SC.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Galeria 33 abre a exposição “EnSIMESMAmentos” da artista visual Alena Marmo

 


Artista Alena Marmo


Em sintonia com as percepções contemporâneas, a Galeria 33 apresenta em Joinville, a partir de 14 de maio, a produção da artista Alena Marmo, pesquisadora e professora de arte bastante conhecida no campo da academia que, agora, retoma a visibilidade de sua caminhada artística. A exposição “EnSIMESMAmentos”, tem curadoria de Nadja Lamas e reúne cerca de 30 trabalhos produzidos no tempo agudo da pandemia.

As pinturas, gravuras e pastéis, de acordo com a artista, devem ser entendidas como documentos de isolamento social, que refletem uma experiência subjetiva vivenciada no contexto da doença covid-19. “Podem ser entendidos como janelas sensíveis, por meio das quais o público será conectado, em qualquer tempo e espaço, com aqueles momentos do passado, vividos por mim.”

Alena Marmo, que vive entre Schroeder e Joinville, aparece no cenário da arte de Santa Catarina em 2003 e atualmente leciona e coordena o curso de bacharelado em artes visuais da Univille, integra o conselho consultivo do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e é diretora cultural do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke) e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) “Com a pandemia, redescobri e me descobri no meu lugar, reorganizei e resinifiquei os espaços, e passei a ter momentos solitários de contemplação que me preencheram de tempo presente, sensação que eu tinha apenas em momentos de deslocamento, apreciando a paisagem enquanto dirigia da casa para o trabalho, ou do trabalho para casa, momento denominado por mim de “entre-lugares”. **VISITE A Exposição “EnSIMESMAmentos”



Para a curadora Nadja Lamas, “EnSIMESmamentos”, que é a busca de dar sentido e significado às circunstâncias (Ortega y Gasset, 2016), leva a pensar sobre o desejo quase ancestral de materializar um instante da natureza e da simplicidade cotidiana, quer contemplada quer oriunda da imaginação. “Ensimesmar é voltar-se para os próprios pensamentos, para o interior de si mesmo, quando é da natureza do humano dispersar de si. Alena olha para o cotidiano e observa o varal, o céu, as copas das árvores, ou ainda para as janelas que limitam o olhar fazendo o recorte do que se encontra do outro lado, e elabora poeticamente o que vê. Olhar que dá forma ao que o pensamento insiste em divagar, em dispersar. Olha para o cotidiano, ao mesmo de todo dia, tira dele a matéria que dá a consistência da sua pintura.”

Para Fernando Sossai, professor de história, os trabalhos desafiam a vertiginosa aceleração da vida contemporânea, marcada pela rotina e acúmulo de acontecimentos com pouca ou nenhuma importância. A vida cotidiana “transborda na e pela arte, assim como uma luta por interromper as ansiedades de um tempo presente seduzido por si mesmo”.  Trata-se, segundo ele, de um questionamento sobre o tempo e o consumo apressado, uma crítica desvelada ao presentismo. “Suas produções reivindicam o contemporâneo tanto como um espaço de experiência quanto um horizonte de expectativa para a fruição da arte”, diz Sossai que compreende as obras de Alena “como objetos artísticos capazes de catalisar experiências cotidianas”.

 


Sobre a artista

Nasce em São Paulo (SP), em 1979. Vive e trabalha em Santa Catarina desde 1998. Artista, professora e curadora, é doutora em artes visuais pela Universidade de São Paulo - ECA/USP (2016). Graduada em educação artística pela Universidade da Região de Joinville (2001), fez mestrado em artes visuais, na linha de pesquisa história, teoria e crítica de arte, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Está desenvolvendo estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, na linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagens. Atualmente é professora da Universidade da Região de Joinville (Univille), onde também coordena o curso de bacharelado em artes visuais, coordenadora dos cursos de especialização em educação na modalidade EAD, e como coordenadora pedagógica do Programa Institucional de Extensão Arte na Escola (PIEAE), no qual integra o grupo de pesquisa da Organização Mundial de Saúde Art Impact for Health and SDGs. Tem experiência na área de artes, com ênfase em história da arte, teoria da arte e arte/educação, atuando principalmente nos temas história da arte, arte brasileira, arte contemporânea, curadoria, curadoria educativa e ensino da arte. Atua como curadora independente, é diretora cultural do Museu/Instituto Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke) e membro do conselho consultivo do Museu de Arte de Joinville (MAJ).

 

EQUIPE TÉCNICA

Alena Marmo | artista

Nadja Lamas | curadora

Nadja Lamas e Fernando César Sossai | textos

Fernanda Pozza | design

Fernanda Pozza e Fabio Moreira | fotografia

Néri Pedroso | imprensa e revisão

 

Serviço:

De 14.5.2022, 10h (abertura). Até 9.7.2022, sob agendamento no tel.: (47) 99277-2016

Onde: Galeria 33, rua Bento Gonçalves, 33B, bairro Glória, Joinville (SC), Acesso Gratuito**https://www.galeria33.com/alena-marmo-ensimesmamentos

 

 

terça-feira, 10 de maio de 2022

Exposição Revoadas de Outono abre neste sábado no Museu do Imigrante em Joinville

 


Revoadas de Outono nasceu em Joinville em 2017, para habitar os jardins dos Museus. O evento foi inscrito e acompanha anualmente a Semana Nacional dos Museus, atrelada ao calendário do IBRAM Instituto Brasileiro dos Museus e ao ICOM Conselho Internacional dos Museus (UNESCO/ONU). Esta é a 20ª Semana Nacional, com o tema “O poder dos Museus”.

A exposição em arte cerâmica tem o objetivo de trazer o público para os Museus, apreciar as Obras, reunir os ceramistas da cidade e revelar artistas nesse segmento. A cerâmica é um complexo processo que envolve os quatro elementos (fogo, terra, ar e água) e abrange a extração da matéria prima, o barro, a modelagem, e a criatividade em seu acabamento. São muitos os ceramistas de grande criatividade e expressão artística. Oportunidade para o diálogo com a cidade, intervenções urbanas e o encontro com o público.

O evento acontece ao ar livre, no entorno do Museu, fazendo a conexão entre o acervo, as exposições de dentro e a expansão do olhar, do fora. Ao abordar a temática pássaros e borboletas, flores e folhas, tentamos responder a esses questionamentos com a expressão da liberdade, do voo, do quintal, do jardim. Cada artista e sua Obra se propõe ao diálogo com seu interlocutor, o visitante, fazendo provocações e ampliando o debate.

Joinville demonstra vocação para o fazer cerâmica, desde os remotos tempos de sua fundação, antes pelos nativos, depois pelos imigrantes, e Revoadas de Outono, 6ª edição, estabelece o fortalecimento da arte cerâmica na cidade. Ao habitar o Jardim do Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville, logo após sua restauração, os ceramistas propõem enaltecer e reverenciar seus antepassados, enquanto fazem homenagem e marcam o tempo presente.



Revoadas de Outono, um encontro de ceramistas , buscando a expressãoda liberdade, do voo, do quintal, do jardim. Ao ar livre, fora das paredes, fora das amarras, tentamos voar.

São pássaros , borboletas,flores e folhas, dialogando com a cidade,fazendo intervenções urbanas e encontrando o público. A arte é livre. São obras expostas em um lugar que os pertencem, cuidar,zelar,mostrar e contemplar é o que fez eles pousarem nesse lugar…

 Assim sendo, segundo o IBRAM (O Poder dos Museus está presente em suas ações de pesquisa, preservação, conservação, educação, comunicação, ação cultural, gestão, inovação tecnológica, cumprimento de suas funções sociais e criação de repertórios para o futuro. Os museus são construtores do futuro e por isso são poderosos. Atravessar o período da pandemia em escala mundial exigiu um esforço de resistência e transformação por parte do setor museal, visando mitigar os impactos sem precedentes em sua dinâmica e interação com os seus públicos, bem como nos setores produtivos e profissionais envolvidos.

 O Poder dos Museus não é um dado, é uma construção. É uma potência em devir. É um devir museal) p.3,4 - por isso: estamos aqui.

Somos 23 ceramistas nesse voo, ocupando o Jardim do Museu Nacional de Imigração e Colonização…

Ana Lú Faleiro / Joinville , Denise Torrens Nunes / Joinville , Denise Soboll / Itapoá Eliane Day / Joinville, Estela Maris Pereira de Souza / Joinville, Flór Do Céibo / São Francisco do Sul, Gabriel Bazt / Joinville, Gisele Borges / Joinville, Gleici Kannenberg / Joinville, Innes Sebben / Joinville, Juliana Araújo / Cunha SP, Juliana Bortoletto / Joinville, Katia Baeta / Joinville ,Larissa Raizer / Joinville, Maike / Joinville, Maria Dionara Rocha / São Francisco do Sul, Maria Lúcia Pelissari / Itapoá, Norma Sueli Murara Moraes / Joinville, Rosemery Pólo / Joinville, Rosenir Baggenstoss / Joinville, Sandra Estevão / Joinville, Tenessee Liz Mosaicos / Joinville, Vida / Joinville



Abertura da exposição dia 14 de maio às 11h no Jardim do Museu.

Local: Museu Nacional de Imigração e Colonização

Rua: Rio Branco,229 - Centro, Joinville - SC,

Telefone: (47) 3433-3736

Duração da Exposição

De 15 de maio a 12 de junho de 2022

Horário de terça-feira a domingo

Das 10h às 16h

Entrada Franca

Por: Katia Baeta Idealizadora e Curadora

Contato : https://www.instagram.com/revoadasdeoutono/

https://www.instagram.com/katia_baeta/ ou e- mail kalcbaeta@yahoo.com.br

Fone (47) 992756521

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Galeria Municipal de Arte recebe exposição “Risco de Queda”



A Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, anexa à Casa da Cultura de Joinville, recebe nova exposição a partir desta quarta-feira (4 de maio). “Risco de Queda", da artista Flávia Scóz, é a primeira ação do Edital de Exposições Temporárias do calendário de 2022. A abertura da exposição será às 20h com a presença da artista para uma conversa com o público.  Risco de queda fica disponível para visitação do público até o dia 17 de junho, de segunda a sexta, das 10h às 16h, com entrada gratuita. 


A mostra interroga o ser humano diante do seu tempo, a contemporaneidade e suas possibilidades, seus riscos. Oferece um olhar ampliado ao visitante. “Esta é uma das funções da galeria que, desde 1982, vem cumprindo um papel de extrema relevância para a formação e desenvolvimento das artes visuais de Joinville e região, bem como possibilitar que as ações possam dialogar tanto com os alunos, professores e servidores, quanto com o público que circula em suas dependências”, destaca Franzoi, gerente da Casa da Cultura  


As obras que integram a série têm como mote provocador considerações sobre a queda e o levante enquanto movimentos complementares. O trabalho é fruto da pesquisa de doutorado da artista na qual se debruça sobre a “experiência de queda” que, desde o Gênesis, compõe as narrativas e imagens criadas pelo homem.


Por meio de fotografias, objetos, desenhos, vídeos, palavras, gravuras, performances, instalações, o visitante é convidado a transitar pela percepção do universo entre “peso e leveza”. Segundo Flávia, a proposta parte do pressuposto que apesar da distância do solo e da engenharia edificante do antropoceno, “tudo cai, mas é através dessa queda, em um lapso de tempo, que também flutuamos, que realizamos o sonho do voo e da leveza”. As obras se aproximam de ações cotidianas: o prazer da criança que lança seus brinquedos ao chão, os esportes radicais, a vertigem dos abismos, a lei da gravidade, o êxtase, a precipitação, a mitologia e as leis da física. Passa por reflexões na conjuntura política à apropriação da advertência por seus significados. "Risco de queda" explora desde o  jogo de palavras articulado entre traço, vestígio, rabisco e atividade arriscada até os modelos adotados pela Física para representar a gravidade.



Oficina e Palestra com Artur de Vargas Giorgi

Além da exposição, o projeto também contempla a oficina gratuita “Laboratório de performance: chão, corpo e gravidade” no dia 3/6, das 14h30 às 17h e a Palestra "O querer, a queda", com o professor (UFSC) e crítico de arte Artur de Vargas Giorgi, que há tempos acompanha o trabalho da artista e assina o texto homônimo de abertura da exposição. Os participantes da oficina-laboratório serão convidados a produzir um registro em vídeo de até 1'' para compor o material de apoio da exposição. A atividade é aberta ao público em geral, a partir de 14 anos, com vagas limitadas. A inscrição pode ser feita pelo link: https://bit.ly/LaboratorioPerformanceJlle   


Biografia

Artista visual, pesquisadora, editora, professora e mãe. Investiga as coisas que caem, os corpos que se levantam, as bordas, os abismos, os buracos, as escavações, o voo, o peso, a leveza e a gravidade. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado com o  tema “política da queda e do levante nas artes visuais e na literatura” vinculada ao  programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC e é membra do corpo editorial da  revista outra travessia. É mestre em Literatura (UFSC, 2018) e Bacharel em Artes Visuais  pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC, 2013). Nasceu em São José,  foi criada em Florianópolis e mora em Joinville desde 2016. www.flaviascoz.com.br - @flavia.scoz 


AGENDA:


Exposição Risco de Queda

visita terça a domingo | 10h às 16h

Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew - anexa à Casa da Cultura

visita segunda a sexta | 10h às 16h

rua Dona Francisca, 800 - Saguaçu

Informações:3433-2266